segunda-feira, 19 de julho de 2010


Fechar o dedo numa porta dói, bater com o queixo no chão dói, tocer o tornozelo dói. Um tapa, um soco, um pontapé, doem. Dói bater a cabeça na quina da mese, dói morder a língua, dói cólica, cárie e pedra no rim. Mas o que mais dói... é a SAUDADE! Saudade de uma amiga quase irmã que mora longe, saudade do pai que morreu, do amigo imaginário que nunca existiu, saudade de uma cidade. Saudade da gente mesmo, que o tempo não perdoa. Doem essas saudades todas, mas, a saudade mis doloria é a saudade de quem se ama. Saudade da pele, do cheiro, dos beijos. Saudade da presença e até da ausência consentida. Contudo, quando o amor de um acaba, ou torna-se menos, ao outro sobra uma SAUDADE que ninguém sabe como deter. Saudade é basicamente não saber... não saber mais se ele continua fingando num ambiente mais frio, não saber se ele ainda usa aquela roupa, não saber se ele foi na consulta quando necessário, não saber se tem comido bem por causa daquela mania de estrar sempre ocupado, se tem assistido as aulas de inglês, se ele continua DANÇANDO DAQUELE JEITO ENLOUQUECEDOR, se ele continua amando. Saudade é não saber mesmo! Não saber o que fazer com os dias que ficaram mais compridos, não saber como encontrar tarefas que lhe tomem o pensamento, não saber como parar as lágrimas diante de uma música, não saber como vender a dor de um silência que nada preenche. Saudade é não querer saber se ele está com outra, e ao mesmo tempo querer. É não saber se ele está feliz, e ao mesmo tempo perguntar a todos os amigos por isso... É não querer saber se ele está mais magro, se ele está mais bonito. Saudade é nunca mais saber de quem se ama e ainda assim doer, é isso que sinto quando estive escrevendo o que você, provavelmente está sentindo afora depois que acabou de ler... xoxo Emily Marinho.

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